CHUVA
Amo a chuva se, neblina,
No meu ouvido sussurra;
não a amo, quando brava,
para o pânico me empurra.
Há no cicio da chuva
a beijar o arvoredo
uma mensagem de paz
a exorcizar o medo.
Se a chuva vem sem torrente,
o coração se sossega,
a alma logo pressente
a paz que a chuva carrega.
Ah, que carícia gostosa,
a da chuva no meu ego,
chega a me causar frisson
o prazer que, aí, carrego.