A Paz Na Minha Aldeia
Na minha aldeia onde o sol nascia tarde
E se ponha cedo onde a tarde se despedia
Engolido pelas águas mansas da pequena travessia
Ao redor das pedras e da grama, a mesma água que me sacia
E que toca os meus pés descalços
Banhado pelo sol abrasador nos dias de muito calor
Os aldeãos despiam-se de suas vestes
Para se refrescar no riacho ao lado
Onde todos se divertiam, crianças jovens e adultos
O mais belo lugar para se morar
Campos verdejantes, montanhas gigantescas.
A flora encantando com sua beleza
Lugar belo e com ar puro dá gosto de respirar
Dava para alcançar o sol e a lua
Com tanta ternura encantadora de um belo lugar
Lugar onde o homem pode descansar tranquilamente
Fugindo de um mundo ágil e moderno
Buscando espaço para viver harmoniosamente com a natureza
Ouvindo o cantar dos pássaros que se juntavam em bandos
Para fazer o dia ficar melhor
A brisa a soprar pelas montanhas e os longos cabelos a tocar
Mostrando de que direção vem e para qual direção vai
Mostrando que é capaz de trazer paz a um povo digno
De tanta pureza que há em suas vidas
E ao por do sol temos a impressão
Que uma vida inteira ali se realizou em um só dia
Lugar onde parece ser um belo quadro com uma paisagem magnífica
Feita de aquarela e que encanta os olhos de quem vê
Sem nenhuma rasura até o amanhecer
Lugar onde o dedo de Deus tocou e que essa obra-prima encantadora criou
E nada esqueceu e os entes da natureza contracenam dia após dia
E ao chegar da lua prateada e com seu brilho a refletir no riacho
As luzes se apagam e os sonhos se transformam na penumbra
Onde ouvimos o vento soprar nos galhos das arvores até um vôo do pássaro perdido
E enquanto mundo caminha lado a lado com o progresso
A aldeia se cala, mais sobrevive em seu mundo interior