saudade maledita

Se eu agora me calasse, não sofreria

Se eu agora me cortasse, não sentira dor

Se agora tu me faltasse,não sentiria tua falta,

No entanto, a falta que que sentiria,

a dor, o silêncio, só sentiria

se meus dedos não mais me auxiliassem...

MInhas pernas cansadas podem ser arrancadas,

Minhas vistas, imperfeitas, poder ser removidas,

ah, mas meus ouvidos, esses não queria perder,

pois como iria ouvir teu chamado?

Não iria te atender, pois as pernas não teria,

mas o simples apelo ao meu nome,

me tornaria um super-homem,

pois sentir-se útil, é algo poderoso.

Meus dedos discariam teu número,

ouvirias minha voz, e no alento do meu coração,

descansarias...

sim, que me tirem tudo, mas não me tirem, a saudade que mora dentro de mim...

Essa saudade maledita, carcará sanguinolenta,

que alimenta uma falsa esperança,...

esperança essa, que me faz escrever o que nem sei,

esperança essa que me permite sonhar, e sonhando ser mais feliz...