ESPINHA
Estranho algo acontece...
Aquele “frio” inexplicável e invasivo que se instala numa entranha do ser.
Um revelado segredo de alguém... Revelador para mim, assim como o sinto.
À revelia de suas explicações, sigo sentindo, só escuto e sei o que sinto!
Algo inacabado, eterno, insubstituível (para ele) me atinge, surpreendentemente me assola
Porque me surpreende assim? Acaso eu havia esquecido as marcas que o outro alguém deixou? Iludi-me por acaso, pensando eu o ter substituído? Ou suas lembranças, que de certo nunca se apagarão?
Acaso, este tempo em que nossas vidas se entrelaçam, podia arrefecer suas lembranças de algo tão intensamente vivido, querido..., os sonhos construídos, castelos emoldurados a dois,
Vidas sonhadas juntas...?
Só o Sentimento pode sentir assim. Pois irracional o é.
Não compreende as tantas marcas que cada pessoa traz consigo, de tantas diferentes histórias, amores, perdões.
Eu sim compreendo. Mas não nego meu coração não!
Desculpe-me ANNA VOEGG, mas este desabafo não pode ser para você. Quem sabe mais tarde outra ora, quando esta espinha descer.
Isto não termina aqui...
Belém, 04-04-08
Mary Dom.