RECICLANDO EM PRATO FUNDO

Dissolvendo o ferro da sepultura

armo e crio forma de tonto nua.

O aço é muito forte,

porém coroe.

Chuva que molha derrama

e o sol enferruja na ponta.

Descabeçando a vida na noia,

Porto Seguro me espere acolá.

Desenharei o papa e o cantor

travando prosa de briga no fim.

Ninguém quer entender

minhas normas que retem no além

bocejando o dendê.

Ficando com certeza

desmiolado de verdade

escrevendo na mão dupla

envolvente e delirante.

Destroços de quadro escrito

linhas embocadas e lapidadas.

Medindo a temperatura

salteou na panela sacudida

de uma apresentação bem diferente.

Entende e verá o quanto é real o tempo despeço.

Cabresto que não existe.

OSMAR ZIBA
Enviado por OSMAR ZIBA em 23/02/2008
Código do texto: T872605