RECICLANDO EM PRATO FUNDO
Dissolvendo o ferro da sepultura
armo e crio forma de tonto nua.
O aço é muito forte,
porém coroe.
Chuva que molha derrama
e o sol enferruja na ponta.
Descabeçando a vida na noia,
Porto Seguro me espere acolá.
Desenharei o papa e o cantor
travando prosa de briga no fim.
Ninguém quer entender
minhas normas que retem no além
bocejando o dendê.
Ficando com certeza
desmiolado de verdade
escrevendo na mão dupla
envolvente e delirante.
Destroços de quadro escrito
linhas embocadas e lapidadas.
Medindo a temperatura
salteou na panela sacudida
de uma apresentação bem diferente.
Entende e verá o quanto é real o tempo despeço.
Cabresto que não existe.