A REVOLTA SILÊNCIOSA
A REVOLTA SILÊNCIOSA
Ecoam os ventos rebeldes
Por entre os galhos secos
Do matagal destruído.
Por entre jardins de flores murchas,
Se rebelam os insetos,
Pois de lá saciam sua fome.
Se revoltam com violência os riachos
Quando suas vertentes são trancafiadas
Pela insolência do homem ganancioso.
Se calam por entre grades de ferro,
Aqueles pequeninos e indefesos seres
Retirados com violência do seu habitat.
Se rebelam num canto da periferia,
Entorpecidos pelas metralhadoras e fuzis,
Desempregados, catadores gente do bem.
E por fim;
Calam-se com toda insolência
As mentes pensantes e atuantes
Diante de tamanha soberba.
Diante de tamanha barbárie.