QUIMERA NOITE CAMPESTRE
Nas entranhas do tempo
Brilha a saudade vigilante
Sol profundo do esquecimento se vai
Carências se manifestam
Uma solidão de criança
Canta o pássaro engaiolado
Entre ramos de jasmim
O aroma que no ar se desvanece
Cai à noite e escurece o cerrado
No céu candeeiros são acesos
No quintal fogueira aquece a noite úmida
Agitam-se os arvoredos
As folhas bailam na ausência das intempéries.
O andar é lento, arrastando se plangente.
Os vultos se confundem na lembrança.
Na orla do tempo o gemido da viola.
Que na brisa embala o choro da criança
Voam leves as mariposas, longe
Dos últimos olhares dos pássaros noturnos
Há lirismo por toda parte