QUIMERA NOITE CAMPESTRE

Nas entranhas do tempo

Brilha a saudade vigilante

Sol profundo do esquecimento se vai

Carências se manifestam

Uma solidão de criança

Canta o pássaro engaiolado

Entre ramos de jasmim

O aroma que no ar se desvanece

Cai à noite e escurece o cerrado

No céu candeeiros são acesos

No quintal fogueira aquece a noite úmida

Agitam-se os arvoredos

As folhas bailam na ausência das intempéries.

O andar é lento, arrastando se plangente.

Os vultos se confundem na lembrança.

Na orla do tempo o gemido da viola.

Que na brisa embala o choro da criança

Voam leves as mariposas, longe

Dos últimos olhares dos pássaros noturnos

Há lirismo por toda parte

Angeluar
Enviado por Angeluar em 03/02/2008
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