Estações do ano

Sem que haja sinalizações,

O dia a dia nos caminha,

Com corredeiras no percalço,

E pensamento em devaneios.

Que fazer de um momento todo,

Se o todo não basta a nada,

Se o corte não é rente,

Apenas se faz presente.

Trocas de carícias permanentemente ausentes,

Conflito de gerações, psicografia da mente,

Acordar o pulso involuntário,

Sentir o choque, somente.

Transcorrer os passos do atropelo,

Retomar a trilha em elipse,

As estações anualmente replicadas...

E o ser, sem se mexer, ausente.