Crepúsculo

Crepúsculo

Rente à noite desce a escuridão

E eu continuo parada frente grande vidraça,

Já nem sei quanto tempo estou na mesma posição,

Braços cruzados ao peito fitando o nada!

Sonho ainda contigo, vem esperança de vê-lo entrar

Pela mesma porta donde saiu, cerro os olhos,

sua imagem oscila ante meus olhos úmidos.

Que fiz meu Deus para merecer cruel castigo?

Imagem vem, vacila e logo vai em ritmo

Espaçado, repetitivo, cruel amargura vivo,

Ouço voz, penso ser a sua, mas no silêncio se esvai,

lágrimas derramam pela face indo molhar o ladrilho.

Só, em meu desespero vagueio perdida nas luzes

Que já estão iluminar a rua, meu céu sem estrelas

Ronda minha casa, minha vida, meu coração.

Tudo é negro ante meus olhos, procuro, não lhe vejo!

Entrego-me à exaustão, vencida pelo sono

Sonho com a esperança do amanhã e espero,

Sei que voltará para mim e eu o perdoarei!

Lhe Amo!E não o quero perder!

Marta Peres

Marta Peres
Enviado por Marta Peres em 26/01/2008
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