O último cavaleiro
Busquei atenção ao mostrar alguns códigos antigos
Ritos em desuso
Uma antiga ideia de abrigo
Uma velha concepção de mundo
Não me deram ouvidos
Empurraram-me pro precipício
O mundo é movediço e eu sou um cavaleiro errante
Talvez um bobo da corte
Um eterno retirante
Condenado à solidão
Que olhou pra lua por um instante
Entreguei minhas armas
Vou embora do castelo
Meu sorriso amarelo revela a dor do dever cumprido
A batalha cobrou alguns sacrifícios que só almas antigas entendem
A cavalaria foi desativada
Sou um fardo fadado ao esquecimento
Minha armadura já sente a ferrugem tomando conta da situação
Mas meu peito cansado exibe um raro coração
Sempre cheio de espinhos
Mas com ritos e sorrisos que fazem valer a pena toda essa solidão
A donzela sempre estará aqui dentro
Embora esteja em uma longínqua estação
Entreguei meu escudo
Sou um alvo fácil
Todo cavaleiro é um tolo idealista
Um irrealista quixotesco a procura de um novo endereço que vibre o seu coração
Eu sou dessa espécie
Estamos em extinção
O mundo é uma estrada perigosa
E eu sou o último dessa legião
Mas meu coração segue batendo naquele castelo
E você seguiu pra outra estação