ALEGORIA DOS CÉUS OCIDENTAIS
Manhã soberba de cores e gorjeios
pássaros voejando no infinito azul
despertando o dia em veraneio
trazidos pela brisa e ventos do sul.
Mar celestial de pétalas ao relento
alegoria dos céus ocidentais
sombras que dançam em fragmentos
na tarde de encantos colossais.
O sol num débil fulgor rubro
desce no horizonte e deixa seu rastro
oceano turquesa com ondas na lonjura
vertendo lampejos da flama do áureo astro.
O chuvisco da noite banha as palmeiras
o coração transborda de poesia
momento vibrante, um toque lunar
luz extasiante que me faz levitar.
Docilidade, cadência, simetria
o orvalho toca no coração da flor
janela aberta lua branca fria
infinito deslumbrante de paz e fulgor.