EU E A SAUDADE
(Sócrates Di Lima)
Há no meu coração um poema em compasso,
Na minha alma a serenidade que esbanjo.,
Neste coração a felicidade por que passo,
Na mente, lembranças de um anjo.
Ainda, neste coração, sinto a saudade,
De um tempo de amor e loucura.,
O tempo que agora me invade,
Que tornou mais forte essa figura.
Ah! quanto amor sinto nessa magia linda,
Quanto desejo nesse olhar sutil celeste.,
Quanta alegria nessa alma criança infinda,
Que de tantos sonhos, sua alma veste.
E eu canto, cantigas de ninar,
No côncavo e convexo da felicidade.,
MinHa voz entoa as canções que quiser escutar,
Nesta emoção que em minha alma invade.
E na loucura impar dessa felicidade,
Nada é mais gratificante.,
Do que o amor que traz esta saudade,
E faz a vida ser mais extravagante.
Ainda, me lembro,
Caminhando de mãos dadas pelas calçadas.,
Em qualquer dia, de fevereiro a dezembro,
Eu e a saudade, duas ilusões enamoradas.
Que maravilha ter lembrança,
De ter vivido momentos de tão doce alegria.,
Até parecia impossível que Eu um dia,
Encontrasse um lindo amor criança.
A vida faz o tempo e tudo existir,
Faz acontecer o que foi escrito um dia.,
Mesmo que duas almas nunca pudessem coexistir,
No tempo certo, a magia aconteceria.
E que felicidade esta magia fez,
Foi a esperança de viver, amar e aprender.,
Perseverar, buscar, não desistir jamais,
Que o tempo se encarrega de fazer acontecer.
Eu e a saudade, poemas escritos no livro da vida,
História que o tempo sempre vivos mantém,
Sinônimos vivendo esta Magia ás vezes esquecida,
Que de tempos em tempos nós dois assim convém!
O que fazer com a saudade?
Se ela me acorda e me adormece,
Sem ela perderia a identidade,
De todo amor passado que me rejuvenece!