SAUDADE
( Sócrates Di Lima)
Onde anda sua saudade
Que nao leio em poesia
Näo sinto que há vontade
De se expor na letra da melodia.
Onde andam aqueles olhos seus
De intenso mar ao longe
Girassóis nos campos de Deus
nos cabelo que esconde o monge.
Saudade é sol ausente
É chuva que nao cai quando precisa
É quando se precisa e sente
E chega quando Deus avisa.
E floresce a terra em verde mata
E o seco rasga a terra do Nordeste
Ou inunda em chuva, o rio que mata
É a vida que juntos encandece.
Tenho que a saudade é pedinte
As vezes até implora
Uma lembrança que no dia seguinte
vem e mostra que a saudade chora.
E quem canta a poesia jamais
Pode esquecer o amor vivido
Escreve em letras garrafais
Tudo que um dia fez sentido.
E eu canto meu amor distante
Em cada verso em cada linha
Porque o poeta é um eteno amante
Sem medo escreve o amor que tinha.
E assim conto a saudade que chora
Embaixo da chuva que ninguem vê
Por isso caminho sob ela agora
É o instante que chove e eu lembro você!