Vamos nos encontrar,

no acaso das horas,

no entrelaçar dos ventos,

onde as almas se reconhecem sem pedir permissão.

Vamos nos esbarrar,

como rios que se encontram no mar,

sem medo da força das correntezas,

sem pressa de chegar a qualquer lugar.

Vamos colocar a conversa em dia,

falar do que foi, do que nunca será,

do que ainda pulsa em silêncios guardados,

das mágoas que dançam, insistentes, no olhar.

Um dia virá,

como a aurora que rasga a escuridão,

em que falaremos sem muralhas,

em que deixaremos as mágoas adormecerem,

como folhas que o vento leva,

sem que precisemos segurar.

Seguiremos nossos caminhos,

com o nó em 8 a nos prender,

tão firme quanto frágil,

tão eterno quanto efêmero.

A verdade nos pergunta,

com a força de quem não aceita desviar:

Se desatar o nó,

será que não sangrará a alma?

Será que precisamos mesmo soltá-lo?

Ou, talvez,

o nó seja o laço,

a memória que nos une,

o amor que não se desfaz,

a resposta que o tempo jamais roubará.

Aysra
Enviado por Aysra em 11/12/2024
Código do texto: T8216563
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