Sim, mas não!
Perdoa-me o egoísmo, de deixar a vida passar,
Cansei de caminhar pelos outros,
Passos falsos me fizeram tropeçar,
Não queira me dar novo desgosto,
Já não tenho idade para errar.
Prefiro querer o amor morto,
Do que me matar para tentar.
Foi tu mesma, vida, que me ensinou,
Analisar quanto vale investir, quanto vale eu parar.
Colocas em meu caminho passos inseguros, será que gosta de me ver bambear?
Quando de ti só pedi um ninho, como assoalho, desejando ter asas para voar...
Não me venha repetir que é destino,
Tenho esfolados para me lembrar,
De todas as vezes que corri sorrindo, levando rasteiras para chorar.
Não me escapa um segundo as tantas barreiras,
Os escorregões e o desequilíbrio.
Então, por favor, não me faça tentar,
Te peço perdão, mas ganhei juízo.
Se não me ampara, persisto em ficar com o seguro e garantido.
Quisera a vida na estrada me dar,
Um caminho sem volta, certeiro e tranquilo.