Serenou
Serenou o retumbante estampido,
Que explodia tal como um canhão,
Serenou o tremor do terremoto,
Que balançava o chão sob meus pés,
Serenou o rodopio do tornado,
Que ameaçava girar 360° a coisa toda,
Serenou a arritmia incontida,
Que me fazia refém das madrugadas,
Serenou o caos que turvava os sentidos,
E veio a paz interna lânguidamente,
Serenou, sereno com gotas de chuva,
Gosto de hortelã com chá de camomila,
Com o toque de pedrinhas de gelo,
Refrescando o calor, trazendo a calma,
O cheiro de terra molhada no sereno,
A janela com os vidros embaçados,
Colorindo as luzes externas da cidade,
Serenou toda a confusão rondante,
Na quietude que silenciou barulhos,
Serenou o turbilhão de emoções,
No mar tranquilo sob a lua no sereno,
De uma paisagem meiga e bucólica...