Chuvas no Maranhão
Corre a chuva pelas samambaias,
Cai das folhas, brinca no chão,
E sob o céu, entre risadas e raias,
Pulamos na lama com paixão.
As laranjas maduras esperam colhidas,
Enquanto a água escorre do pomar,
Brincadeiras tornam tardes perdidas,
Num eterno momento a recordar.
O curral pequeno guarda a magia,
Das vacas, do leite, do amanhecer,
E o córrego canta sua melodia,
Convidando os pés a nele correr.
Meu avô traz histórias em sua mão,
Enquanto enche os coxos do curral,
Seu olhar reflete a imensidão,
De uma vida simples, quase irreal.
Banho de chuva, frutas e sorriso,
Pés descalços sentem a terra molhada,
Na infância, o céu era um paraíso,
E o mundo cabia em cada jornada.
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João Lisboa, guardião de histórias,
És o porto seguro das minhas memórias.
Leia a mensagem que deu origem a está poesia Um Recanto no Maranhão