Saudade
A saudade não bate,
Ela invade
Às 2:30 da manhã,
Clamando por ti,
Enquanto tento entender
O motivo que te fez partir.
A saudade grita,
Rasga o querer.
Eu tento explicar pra mim mesma
Que não dá pra se ter
Tudo…
Não me contenho,
Pego o primeiro ônibus
E corro ao encontro do meu desalento.
No percurso do deslocamento
Mental,
Me perco a pensar:
Será que você quer me encontrar?
Pois não basta só eu sentir,
Só eu desejar.
Desço um ponto antes da sua parada,
Aliás, não adianta chorar de saudade
E perceber que em ti não há vontade.
Mesmo que machuque,
Melhor aceitar a verdade
Do que viver de lindas mentiras
E negar a nossa realidade.