Refúgio da Mente

Era um refúgio pouco visitado, um lugar ermo em que coisas simples ficavam inacessíveis por dia, meses e anos,

Tudo era como resíduos de erosões que vão se acumulando camadas sobre camadas e coisas recentes encobriam coisas do passado, tornando-se um amontoado de coisas novas e velhas,

Aquele refúgio íntimo que era um longínquo local do cérebro quase que inacessível e intransponível mesmo que o desejo fosse visitar aquele local por intermédio de saudades e sonhos,

Somente as recordações ali registradas não eram suficientes para trazer à tona detalhes que a vida havia ali depositado.

As recordações e fatos estavam ali, porém num emaranhado de coisas que curvaram a originalidade e tirava a credibilidade dos fatos acessados, quase que se tivesse vivendo uma mentira, um engodo registrado como fato, como uma verdade sensível ao tempo e que por apenas ação do tempo vai se deteriorando e se desfazendo em nada.

O Poeta da Solidão
Enviado por O Poeta da Solidão em 07/11/2024
Código do texto: T8191773
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.