Saudades

Hoje a saudade bateu forte!

Hoje ela me abraçou...

É que eu sou do tempo

Que a noite deitava na rede para contar as estrelas no céu, com um olhar de contemplação.

Que gostava de sentir o cheirinho de terra molhada. E a alegria ficava bordada em um sorriso

Que a luz dos vagalume era algo fascinantes.

Então, corria em sua direção.

Sou da época que brincava com o guarda chuva

Abria e fechava de propósito.

Subia no topo das árvores, brincando de apartamento

Gritava bem alto para ouvir o grito fazer ECO na natureza.

Sentar na beira do fogão a lenha,

Era uma riqueza.

Colher frutas no pé! Oh pé umbuzeiro, e jabuticabeira que memoraveis lembranças levo comigo !

Da minha infância aos seus pés, saboreando os seus frutos e jogando conversa fora com as amigas a suas sombras.

Saudade do tempo!

Que andar descalço não causava resfriado.

Apenas, bichinho de pé, oh coceirinhama boa danada.

Não tinha essa de virtual, era tudo real, cara a cara, olho no olho.

Se reunir com os amiga(o)s ao final de tarde aos sábados e domingos para brincar de roda até o agraciar da lua.

A gente se divertia, era tudo uma grande festa!

A felicidade era a dona do pedaço.

Ah, se eu soubesse que aqueles dias seriam as últimas brincadeiras da minha infância!

Eu teria, aproveito mais,

Teria pelo menos dado um adeus.

Dois beijinhos no rosto e um abraço de urso estilo quebra ossos.

Ah, se eu soubesse...

Teria fazido durar mais cada segundo!

Oh meu Deus, joelho ralado dói,

Bater o dedinho nas coisas dói.

Cair da arvore dói

Cair de bicicleta, Oh como dói !

Mas, por favor, me ajude quantificar quanto dói uma saudade?"

Essa saudade que me abraça agora.

Aperta meu peito e me faz reviver

momento felizes que tornou intensa e bela a minha existência.

Cris Pedreira
Enviado por Cris Pedreira em 01/11/2024
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