Liberdade

Sonhei que eu era um passarinho,

Num voo doce, ousado, e sozinho.

Subi ao céu de asas abertas,

Só encontrei portas desertas, frias.

Mergulhei, desci sem rumo ou norte,

Como quem enfrenta a própria sorte.

Caí, pensei que ao inferno chegaria,

Porém encontrei o vazio, onde nada existia.

E nesse silêncio, vazio e imenso,

Fui nada e tudo era contradição.

Sonhei que era um pássaro a flutuar,

Entre o que há e o que é só imaginação.