A dor no copo
Nas sombras da noite, um copo na mão,
A tristeza se esconde, em silêncio e solidão.
O álcool, companheiro de ilusões e dor,
Afoga os sonhos, apaga o amor.
Com os olhos castanhos e pesados, meu pai olhava para o chão,
Carregando no olhar a tristeza de um coração.
O peso do álcool, a sombra da dor,
Refletidos em seus olhos, apagando o amor.
Cada gole, um suspiro, um lamento,
A vida se esvai, momento a momento.
Olhos perdidos, sem brilho, sem cor,
Coração pesado, sufocado de dor.
Cada suspiro, um lamento silencioso,
A luta interna, um fardo doloroso.
Mas mesmo na escuridão, há uma faísca de esperança,
Um desejo de mudança, uma nova aliança.
A garrafa vazia, a alma também,
O vício consome, não poupa ninguém.
Esperança distante, quase a se perder,
No fundo do copo, difícil de ver.
Mas há uma luz, mesmo que tênue,
Um caminho de volta, um passo além.
A força de lutar, de se reerguer,
Deixar o álcool, a vida renascer.