A dor no copo

Nas sombras da noite, um copo na mão,

A tristeza se esconde, em silêncio e solidão.

O álcool, companheiro de ilusões e dor,

Afoga os sonhos, apaga o amor.

 

Com os olhos castanhos e pesados, meu pai olhava para o chão,

Carregando no olhar a tristeza de um coração.

O peso do álcool, a sombra da dor,

Refletidos em seus olhos, apagando o amor.

 

Cada gole, um suspiro, um lamento,

A vida se esvai, momento a momento.

Olhos perdidos, sem brilho, sem cor,

Coração pesado, sufocado de dor.

 

Cada suspiro, um lamento silencioso,

A luta interna, um fardo doloroso.

Mas mesmo na escuridão, há uma faísca de esperança,

Um desejo de mudança, uma nova aliança.

 

A garrafa vazia, a alma também,

O vício consome, não poupa ninguém.

Esperança distante, quase a se perder,

No fundo do copo, difícil de ver.

 

Mas há uma luz, mesmo que tênue,

Um caminho de volta, um passo além.

A força de lutar, de se reerguer,

Deixar o álcool, a vida renascer.

Barbosa Thiago
Enviado por Barbosa Thiago em 06/10/2024
Reeditado em 06/10/2024
Código do texto: T8167730
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.