As pedras

Poeta sou e escrevo

Ao mundo as pedras do monte

Ignorado e evitado

Com um som obscuro e tenebroso

Eco de minha poesia que se perde

As ignorância e falta de leitor

Arrasta minha alma em desabafo

Meu vício e perdição

Escrever o sentido e desengano

Um diário de meu espírito

Um consolo na melancolia da vida

As vezes pergunto a causa de tudo " isso"

Nao encontro razão ou sentido

Mas rasgo as lágrimas e mágoas

Escrevo para ser esquecido e ignorado

No pavilhão da letras mortas e retorcidas

Na mediocridade das estrofes esqueléticas

Mortas a verborragia de uma nova que não se cala

A fronte quer as guerra a revolta

Das chamas da paixões desoladoras

Marca a carne com ferro em brasa

Quer um descanso doce e terno

Forte como um trovão que acabara esquecido

E quem sabe : - jogado aos mares profundos

Devorado pelos peixes na escuridão dos mares

Poesia de minha desilusões e companheira

Um anjo tenebroso e vil

Arrasta minhas feições de amargura e náusea

Ao escrever que me alivia sempre

Escrevo para não ser lido aos sepulcros

Das eras literárias

O pouso de uma aventura de mal agouro

Disforme mas consoladora e fiel

Ao mundo, a ignorou, no agreste dos corações

Um desatino torpe , um arrepio gelado

Uma ponte de ternura e carinho na alma

Valdecir Rezende de Souza
Enviado por Valdecir Rezende de Souza em 06/10/2024
Reeditado em 06/10/2024
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