As pedras
Poeta sou e escrevo
Ao mundo as pedras do monte
Ignorado e evitado
Com um som obscuro e tenebroso
Eco de minha poesia que se perde
As ignorância e falta de leitor
Arrasta minha alma em desabafo
Meu vício e perdição
Escrever o sentido e desengano
Um diário de meu espírito
Um consolo na melancolia da vida
As vezes pergunto a causa de tudo " isso"
Nao encontro razão ou sentido
Mas rasgo as lágrimas e mágoas
Escrevo para ser esquecido e ignorado
No pavilhão da letras mortas e retorcidas
Na mediocridade das estrofes esqueléticas
Mortas a verborragia de uma nova que não se cala
A fronte quer as guerra a revolta
Das chamas da paixões desoladoras
Marca a carne com ferro em brasa
Quer um descanso doce e terno
Forte como um trovão que acabara esquecido
E quem sabe : - jogado aos mares profundos
Devorado pelos peixes na escuridão dos mares
Poesia de minha desilusões e companheira
Um anjo tenebroso e vil
Arrasta minhas feições de amargura e náusea
Ao escrever que me alivia sempre
Escrevo para não ser lido aos sepulcros
Das eras literárias
O pouso de uma aventura de mal agouro
Disforme mas consoladora e fiel
Ao mundo, a ignorou, no agreste dos corações
Um desatino torpe , um arrepio gelado
Uma ponte de ternura e carinho na alma