REVOADA
( Sócrates Di Lima)
Abri o meu coração
E sem nenhuma razão
Deixei voar cada emoção
Que o amor fez em mim, escravidão.
Deixei escapar as paixôes
Nao segurei nem as ilusões
fiz vistas grossas das convulsões
Lavas derramadas dos meus vulcões.
Faxinei canto a canto sem excessão
desliguei o canal do meu coração
que levava ao cerebro a gratidão
de ter um dia amado em perdição.
Deixei o coraçao só com o não
a tudo que se dizia amor ou paixão
ficou o resto apenas na ilusão
de sobreviver só com o prazer do tesão.
Da saudade não faço questão
Lembrança passei o.mata-borrão
Petrifiquei qualquer sensação
Que induz ao amor ou a paixão.
Assim, em revoada pela imensidão
La se foram as inspirações
só restou o vazio para recomposição
Se um dia voltar as emoções.
Então vivo na loucura da sedução
Do sexo faminto em explosão
E sem razão e emoção
Vivo o prazer sem a dor do coração!