Na beira da estrada
A casinha esquecida na beira da estrada
De taipa, sem tinta, paredes rachadas
Empoeirado em um canto um velho lampião
Porteira quebrada com telhas no chão
Com a casa fechadas janelas e portas
Com seus desbotados de madeira morta
Do lado direito um pequeno galpão
Do lado esquerdo corre um ribeirão
Há rosas vermelhas,jasmins bananeiras
E na cerca de arame um flor trepadeira
Uma grande jaqueira no fundo do quintal
Três pares de botas em baixo de um jirau
Na parede as marcas de que nela
morou
Dentro de um coração a palavra
amor
Um carrinho de mão sob o pé
da mangueira
E ao lado amassada um velha
Leiteira
Um solitário balanço por alguém a esperar
Com um vento vadio a se
Balançar
A casinha e tristonha mas já foi bem feliz!