Na beira da estrada

A casinha esquecida na beira da estrada

De taipa, sem tinta, paredes rachadas

Empoeirado em um canto um velho lampião

Porteira quebrada com telhas no chão

Com a casa fechadas janelas e portas

Com seus desbotados de madeira morta

Do lado direito um pequeno galpão

Do lado esquerdo corre um ribeirão

Há rosas vermelhas,jasmins bananeiras

E na cerca de arame um flor trepadeira

Uma grande jaqueira no fundo do quintal

Três pares de botas em baixo de um jirau

Na parede as marcas de que nela

morou

Dentro de um coração a palavra

amor

Um carrinho de mão sob o pé

da mangueira

E ao lado amassada um velha

Leiteira

Um solitário balanço por alguém a esperar

Com um vento vadio a se

Balançar

A casinha e tristonha mas já foi bem feliz!

Edivaldo Mendonça
Enviado por Edivaldo Mendonça em 29/09/2024
Reeditado em 08/10/2024
Código do texto: T8162869
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