458 - COLHEITA EM CANGUARETAMA

Colheita em Canguaretama

"Aos meus pais com carinho"

 

Na terra fértil do nosso interior,

Manoel e Joselita, em amor e labuta,

Plantavam sonhos junto ao sol e à flor,

Cuidavam da terra, que a vida transbuta.

 

No campo vasto, o amendoim germina,

Suas raízes firmes, nutrindo a esperança,

Cajueiros em flor, num abraço de sina,

Com castanhas que brilham em cada mudança.

 

Joselita colhia com mãos abençoadas,

Enquanto Manoel arava o chão com fervor,

Juntos, na lida, teciam as jornadas,

Pelos filhos, buscavam sempre o melhor.

 

Em Canguaretama, sob o céu azul,

O trabalho era duro, mas a fé era imensa,

As castanhas vendidas, como ouro em grão,

Trazendo o sustento, educando com crença.

 

Eram dez corações, nutridos de carinho,

Na escola da vida, o saber era luz,

Com o fruto da terra, seguiram o caminho,

Com coragem, em frente, sem deixar de ser cruz.

 

Hoje, na lembrança, a saudade é semente,

Da terra de onde brotou tanto amor,

Manoel e Joselita, eternamente presentes,

No campo e no peito, plantando valor.

 

Neide Rodrigues, 11 de setembro de 2024

Neide Rodrigues
Enviado por Neide Rodrigues em 11/09/2024
Código do texto: T8149201
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