Chamas nas matas

Fogo no verde, choro da terra,

Labaredas balançam e no céu se encerra.

Rasga a floresta, queima o coração,

Grita a vida em meio à destruição.

A fumaça sobe e mata os passarinhos,

Desfaz trilhas, silencia riacho ou riachinho.

Troncos viram cinzas, o chão vira carvão,

O que resta do sonho de um povo em união?

Na mata que arde, o silêncio ecoa,

A voz dos antigos, dos rios, da loa.

Ainda há esperança na semente que brota,

O verde renasce, a natureza não se derrota.

Por isso, clamamos com toda a razão:

Proteger as matas é nossa obrigação.

Que o fogo se apague, que a vida floresça,

Na terra de todos, ainda há esperança irmão.