Vidro molhado

As horas os minutos e os segundos vem trazendo a sua morte, somos alvo móvel,

Do vidro molhado da minha janela vejo um horizonte de ausências, e o destino e um sujeito sem nome, 

Olho o relógio com seus números e tento arrancar do tempo algumas verdades, sinto minha alma cheia de amnésia e insanidades, 

O vidro molhado da minha janela e um portal para um grande simulacro num mundo de esquecimentos, e o futuro se aproxima como um trovão de lamentos,

Recordações adormecidas são como punhos que arrebentam as noites e os dias, arranco casos e acasos tentando destruir essa calma apodrecida,

No fim consigo quebrar essa janela de vergonhas e descubro onde sopram outros ventos,

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Diego Tomasco
Enviado por Diego Tomasco em 20/08/2024
Código do texto: T8133156
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