Vidro molhado
As horas os minutos e os segundos vem trazendo a sua morte, somos alvo móvel,
Do vidro molhado da minha janela vejo um horizonte de ausências, e o destino e um sujeito sem nome,
Olho o relógio com seus números e tento arrancar do tempo algumas verdades, sinto minha alma cheia de amnésia e insanidades,
O vidro molhado da minha janela e um portal para um grande simulacro num mundo de esquecimentos, e o futuro se aproxima como um trovão de lamentos,
Recordações adormecidas são como punhos que arrebentam as noites e os dias, arranco casos e acasos tentando destruir essa calma apodrecida,
No fim consigo quebrar essa janela de vergonhas e descubro onde sopram outros ventos,
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