MOLDURA
Olhando pela janela
Ao longe avisto uma vela
Jangadando toda singela
Parada fico á espreitar
No escuro toda surdina
Murmurando amarga sina
E aquela vela toda menina
Cheia de empáfia á me desdenhar
Abrilhantada pelo firmamento
Seu provento é somente o vento
Toda liberta me impõe em tormento
Minh'alma inveja seu navegar
Aprisionada á esta janela
Emoldurando a paisagem dela
A lua ao fundo á deixa mais bela
Quisera eu ser aquele mar.