Liberdade
LIBERDADE
Adair André da Silva
A alma abrupta pergunta
O que és ó liberdade
Enquanto no cárcere defunta
Agitada como em puberdade!
Quer soltar a língua e gritar
Sem preocupar com a resposta
Lançar voo e plainar
No vento em direção oposta.
Andar sem rumo e pressa
Sem ninguém direcionar
Fazer escolhas avessas
Não preocupar em acertar.
Partir com cara e coragem
Como núvem no entardecer
Que não pede licença ou passagem
Mas voa leve sem se tolher.
E no cárcere a alma respira
Ora em silêncio e acredita
Que antes que se pira
Sinta o sabor de inaudito
Mas a estando algemada
Vê a liberdade como pedra
Que tão valiosa e encantada
É sonho, magia ou desejo
Difícil de ser encontrado
Lapso de um ansejo .
@adairandre _