MEU SILÊNCIO, MINHA RESPOSTA
No vazio do eco que ressoa,
Onde palavras deveriam dançar,
Meu silêncio se impõe, soberano,
Pela falta de carinho a pairar.
Na quietude da noite que chora,
Estrelas testemunham o pesar,
De um coração que em silêncio implora,
Por um afeto que tarda a chegar.
Minha voz, outrora vibrante e farta,
Hoje se cala, recolhida em lamento,
Pois na ausência do toque que acalenta,
O silêncio é minha única tentativa de alento.
Assim, na solidão que me abraça,
Respondo ao mundo com minha quietude,
Meu silêncio é minha armadura, minha graça,
Perante a indiferença que tudo muda e ilude.
Que este silêncio seja ouvido,
Mais alto que qualquer grito ou palavra,
Pois nele reside o sentimento ferido,
E a esperança de carinho que se acaba.