Refletido
No eco das palavras que se perdem,
Verdades e mentiras se entrelaçam.
Quem és tu, se não aquele que mente,
Também para si mesmo, na sombra que avança?
Risos que flutuam como folhas ao vento,
Busca desesperada por um eco de contentamento.
Num balde cheio, um vazio se esconde,
Em busca do que preencha, o profundo e o incoerente.
Lágrimas que brotam das pedras do caminho,
Lamentos ecoam na melodia da existência.
Um desejo oculto de ser reconhecido,
Nos passos incertos, na busca pela essência.
Desprezo, um manto que cobre a alma,
Parte obscura, fragmento do que se é.
No espelho reflete-se a própria calma,
Na jornada de compreender-se, tal como convém.
Assim se entrelaçam os fios da vida,
Entre verdades e sombras entremeadas.
Cada verso, um eco da alma perdida,
Em busca do sentido nas estradas iluminadas.