Inexplicável

 

E mergulhei no inexplicável abismo,

Paralisado, sem interagir...

Aos vultos que voam, inexpressíveis,

Um quase ocultar, ou não existir.

 

Olhar distante, horizonte dos tempos,

Onde os desejos se mesclam aos sonhos.

Quando o querer resguardar-se dos medos,

Tal a um sorriso, em um rosto tristonho.

 

Palavras vazias, não formam sentidos

Como um céu que não mostra sua cor.

Assim são os ventos que sopram

moinhos,

E movem as asas de um beija-flor.

 

Lembranças latentes em tempos perdidos,

Aromas de flores, seguros na mão...

Prever o futuro em meio ao escuro

Da vida, da noite, do amor, da ilusão...