- Solidão!
Ó solidão, tu que habitas os recantos mais profundos da alma,
Silenciosa companheira dos momentos solenes e quietos,
Teus passos ecoam na câmara secreta do ser,
Onde os ecos das vozes do mundo desvanecem em melancolia.
Em ti, encontro a vastidão dos desertos noturnos,
Onde as estrelas cintilam como pontos de luz distantes,
E a lua derrama sua serenidade sobre a terra deserta,
Envolvendo-me em um manto de introspecção e reflexão.
Tu és a confidente dos pensamentos mais íntimos,
Testemunha silente das lágrimas derramadas em silêncio,
Nas noites insones em que a mente vagueia sem rumo,
E os suspiros se misturam com o eco dos meus passos solitários.
Mas não és apenas a sombra que me acompanha na jornada,
És também a mestra que me ensina a contemplar a solidão,
A encontrar beleza na quietude e serenidade no vazio,
A descobrir a força que reside na minha própria companhia.
Ó solidão, tu que és tão temida e incompreendida,
És também a fonte de inspiração e crescimento interior,
És a chama que alimenta a busca pela verdadeira essência,
E a chave que abre as portas da autenticidade e da autoconsciência.
Que eu possa abraçar-te com coragem e serenidade,
Aceitando tua presença como parte inevitável da existência,
E aprendendo a encontrar conforto e paz no silêncio da alma,
Onde a solidão se transforma em um suave sussurro de sabedoria.
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