PELA VIDRAÇA DO POUPATEMPO
Pela vidraça do Poupatempo
Olhando lá fora o movimento
Fico horas imaginando
A tão pouco tempo
Aqui era apenas lavouras
Mas a ganância do homem
Fez a tudo se transformar
São milhares de pessoas caminhando
Uns indos outras voltando
Uns vendendo outros comprando
Este movimento não pára
Portanto o dia é como um formigueiro
Mas a noite é apenas um paradeiro
Onde a solidão ali dispara
Ás vezes lembra-me da roça
Quando criança na palhoça
Acordava com o cantar dos passarinhos
Pra trabalhar acordava bem cedinho
Eu ia tratar das nossas criações
Hoje vivendo nesta cidade
Confesso que saudade
Faz aumentar minha solidão!