- Saudade de minha gente!
O caipira que deixou, faz tempo, sua terra,
Partiu para a cidade grande sem pensar,
Deixando para trás a família e os amigos,
Em busca de um futuro melhor para se estabelecer.
Aos poucos, a cidade foi consumindo-o,
Tudo era diferente, correria, barulho e solidão,
O caipira tentava se adaptar, mas sem sucesso,
Sua saudade só aumentava, era um imenso aperto no coração.
Os anos foram passando, mas a saudade permaneceu,
E o caipira nunca mais voltou para rever os seus,
Hoje, com mais de oitenta anos, ele está sozinho,
E ouve falar das mortes dos parentes e amigos, que lhe trazem dor e aflição.
O caipira se arrepende de ter partido,
Sem dizer adeus, sem se despedir,
E agora, mesmo que quisesse, não pode mais voltar,
Pois a vida na cidade grande o deixou enfraquecido e sem forças para caminhar.
Sua única companhia são as lembranças do passado,
De como era feliz em sua terra natal,
Mas agora, tudo que pode fazer é lamentar,
Por não ter dado adeus sem despedida, e nunca mais poder voltar.
A tristeza que o caipira carrega em seu peito,
É uma ferida que nunca cicatriza,
E mesmo que o tempo passe, a dor persiste,
De saber que nunca mais poderá abraçar aqueles que amava e que hoje já não existem.
Assim, o caipira passa seus dias, Lembrando-se dos tempos que se foram,
E lamentando por não ter voltado, agora, já é tarde demais, só lhe resta
Uma saudade que dói em seu coração já combalido pela dor da idade!
E o arrependimento da sua escolha precipitada e mentirosa!
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