- Saudade de minha gente!

O caipira que deixou, faz tempo, sua terra,

Partiu para a cidade grande sem pensar,

Deixando para trás a família e os amigos,

Em busca de um futuro melhor para se estabelecer.

Aos poucos, a cidade foi consumindo-o,

Tudo era diferente, correria, barulho e solidão,

O caipira tentava se adaptar, mas sem sucesso,

Sua saudade só aumentava, era um imenso aperto no coração.

Os anos foram passando, mas a saudade permaneceu,

E o caipira nunca mais voltou para rever os seus,

Hoje, com mais de oitenta anos, ele está sozinho,

E ouve falar das mortes dos parentes e amigos, que lhe trazem dor e aflição.

O caipira se arrepende de ter partido,

Sem dizer adeus, sem se despedir,

E agora, mesmo que quisesse, não pode mais voltar,

Pois a vida na cidade grande o deixou enfraquecido e sem forças para caminhar.

Sua única companhia são as lembranças do passado,

De como era feliz em sua terra natal,

Mas agora, tudo que pode fazer é lamentar,

Por não ter dado adeus sem despedida, e nunca mais poder voltar.

A tristeza que o caipira carrega em seu peito,

É uma ferida que nunca cicatriza,

E mesmo que o tempo passe, a dor persiste,

De saber que nunca mais poderá abraçar aqueles que amava e que hoje já não existem.

Assim, o caipira passa seus dias, Lembrando-se dos tempos que se foram,

E lamentando por não ter voltado, agora, já é tarde demais, só lhe resta

Uma saudade que dói em seu coração já combalido pela dor da idade!

E o arrependimento da sua escolha precipitada e mentirosa!

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LAURO PAIXÃO
Enviado por LAURO PAIXÃO em 12/03/2024
Código do texto: T8017867
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