Sombras
Sob o véu noturno, lágrimas desenham trajetos,
Ruas obscuras, onde meu ser se desfaz em segredos.
Cansada da vida, fluindo como rios complexos,
Minha alma exausta anseia por alívio nos enredos.
Não na dor física, mas nas trilhas da existência,
Amigos compartilham dores, outros acham graça na carência.
Contrastes neste mundo onde emoções dançam com insistência,
Cada alma trilha caminhos, busca sentido e coexistência.
A dor me abraça, silenciosa, na noite que desfalece,
Mas ao amanhecer, tudo se recompõe, como se esquece.
Emaranhada num espaço incerto, nebuloso é meu querer,
Enclausurada, busco meu destino, meu ser a renascer.