Metade do que você era

Antes, era inteligente e sagaz, era um ser muito capaz,

Era jovem, carismático, um bom e jovem rapaz,

Suas virtudes superavam os limites da compreensão,

Tão humana era a dor que via em sua expressão.

A dor era humana demais para entender ao adverso,

Tornara-se um ser idealizado, um verdadeiro e amasso,

Quem merecia o dom da alegria era o meio humano,

Meio animal, meio dissimulado a cada ano.

Geralmente queria ser o melhor ou pelo menos o dobro,

Acho que nesta história evidenciou uma celebridade,

Amigos sinceros eram os poucos na primavera de setembro,

Não saberia dizer qual era a verdadeira idade.

Passou-se o tempo, a claridade do sol tornava a escurecer,

O dia acabara e, mais um amigo leal a se perder,

Perdeu-se tudo, acabou de virar papel de parede,

Somente não sabia que aquilo lhe causaria sede.

Celebrando a vitória de um mundo cheio de peripécias,

Todos os órgãos do corpo entravam em modo de falências,

Admiro sua coragem em devastar o em prantos,

Somente não saberiam que os agouros eram tantos.

Passou-se um dia de interrogações latentes mutantes,

O que seria de sua existência de metade do que era?

Se fosse inteiro o mundo sucumbiria à calamidade,

Passaria a tentar fazer o amor entrar na última idade.

Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 07/01/2024
Código do texto: T7971306
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