TEMORES
No silêncio da noite me questiono se você seria capaz de escutar os gritos que ecoam em meu peito, se teria coragem de secar minhas lágrimas em meio ao trovejar dos meus olhos, ou se teria forças o suficientes para caminhar ao meu lado nos dias chuvosos.
Talvez, os pensamentos em minha mente inquieta esteja pedindo demais.
Mas sei o que sinto e não tenho dúvidas dos meus sentimentos, no entanto, temo por você, temo por não estarmos na mesma sintonia e isso me corrói a alma.
Desejo você mais que qualquer outra coisa no mundo e, me amedronta que o medo de pensar em te perder possa me levar a te afastar de mim.
Admito que posso ter sido imprudente ao mergulhado fundo demais, movido pela ganância em te querer ao meu lado; agora temo nalfragar, temo a desilusão, a dor, a falta, temo nos peder no desencontro do entender.
Você diz não temer minhas noites, nem se apavorar com a escuridão que ora ou outra me abraça, mas ainda não tenho certeza da sua permanência.
No fundo, somos opostamente iguais; dificil admitir, difícil ceder, impossível se distanciar.
Por isso, a noite me inquieta os pensamentos com perguntas que me levam a questionar teus sentimentos em relação aos meus.
É vergonhoso admitir, mas meu temor se intensifica à medida que nos aproximamos e, bem lá no íntimo, eu sei, que o maior de todos os meus temores é perder a chama dos teus olhos que tão ardentemente aquecem os meus.