tormento

tormento

divagando pela veneta

da noite

destrancando minha gaveta

das aflições em açoite

entre as estrelas e a lua

na janela das saudades silentes

em delação tão minha, tão sua

vou trovando motivos urgentes

nos lamentos com agrura crua

de um tempo que já se foi...

e neste silencioso agudo

só a alma se põe falante

e assim, então, eu a saúdo

segando o tormento dissonante

versando a solidão em suspiros rudo.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

06/04/2013, 01'45" - cerrado goiano

Canal do YouTube:

https://youtu.be/oQQ8P2UTqhk

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 05/12/2023
Reeditado em 12/12/2023
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