MULA MANCA
No crepúsculo da vida, o velho caminha devagar,
Como a Mula Manca, histórias nos olhos a contemplar.
Passos lentos, marcas do tempo no seu caminhar,
Ambos carregam a bagagem da vida, a pesar.
A Mula Manca, com cascos marcados pela estrada,
O velho, com rugas, testemunhas de jornada.
Ambos conhecem o peso do trajeto vivido,
Cada passo, uma memória, um suspiro compartilhado.
No silêncio da tarde, a Mula Manca relincha baixinho,
Enquanto o velho, em seus pensamentos, mergulha sozinho.
Ambos guardam segredos, sonhos e saudades,
Na sinfonia do tempo, entrelaçam suas realidades.
Como a Mula Manca, que enfrenta a estrada incerta,
O velho enfrenta o tempo, uma jornada de descobertas.
Cada um carrega a experiência no lombo da existência,
Mula e Velho, símbolos de uma bela resistência.
Assim, na calma do entardecer, se entrelaçam as histórias,
Mula Manca e velho, testemunhas de memórias.
No crepúsculo da vida, na estrada a se estender,
A beleza está no caminho, onde a sabedoria vem florescer.
Tião Neiva