Versos Perdidos
Uma trama de ausências tece o tic-tac,
Na afluência da vida, me enlaço nessa trama.
Sem abraços ternos, murcham meus braços,
Como um vinho seco no inverno da saudade.
A nostalgia permeia os segundos,
Derramando agonia pela ausência do teu riso.
Sem teus olhos a me guiar, posso caminhar?
A sombra do passado tomou teu abraço,
E na penumbra que se projeta sobre mim te procuro.
Mas, em versos perdidos, não encontro mais as rimas.
No palco da vida, estou sem alegria,
Pois, a essência se esvaiu no espetáculo,
Do observar o tempo, uma jornada vazia.