a hippie triste...
que vive na certeza de um mundo que já acabou
que o tempo para trás ruiu
que as cadeias de montanhas todas colapsaram
e a estrada que levou até ali
resta apenas o teto desta rodoviária, a partida
essa flor amarela
e o futuro algo loiro
mesmo que caia uma chuva forte agora
impossibilitando-nos de fazer qualquer coisa
e seus olhos cinzentos se encham de espera
quase que dentro da cabaça de um sonho
debaixo das palhas no meio da floresta
chova e o mundo espere atentamente
para nascer de novo
no perpétuo ebulir de sonhos dentro de sonhos.