Homem do campo

E seguia com seu sorriso ingênuo

Tratando da terra, plantando esperança

Tocava a boiada, cuidava do canavial

Sempre com o mesmo sorriso...

E lá ia aquele homem labutando sem parar

Incansável, numa pele ardida pelo sol

Mãos calejadas, corpo cansado

Sempre com o mesmo sorriso...

Nem sempre o tempo cooperava

Quanto já havia perdido

Sentava debaixo de uma árvore

onde chorava, chorava feito menino;

Sua raiz estava naquela terra

Sua vida era viver do campo

Mas nem sempre o sorriso se mostrava

pois algo se ganhava, mas muito se perdia;

E mais um amanhecer chegava e lá vai...

Pegava sua enxada com as mãos calejadas

Sentindo o cheiro da cana, o cheiro do mato

E de novo, mesmo triste, ainda sorria!

Isabel Tanis
Enviado por Isabel Tanis em 15/11/2023
Código do texto: T7932323
Classificação de conteúdo: seguro