SOM DA NOITE

Silêncio denso sibilando entre os sicômoros

que é sinônimo da saudade e desamor

desbota a cor do arco-íris, firmamento

fica cinzento, fica frio e fica nu...

Tal qual Pagu eu rodopio em plena noite

sentindo o açoite do silêncio entre a folhagem

triste paisagem... tela de um artista insano

que, desumano, pinta cenas sem sentido.

No meu ouvido, ressoa o eco do teu nome

e minha fome do teu beijo não sacia

sigo vazia, sigo vazia, oca, surda, solitária

indumentária folha-seca, quebradiça...

uma cobiça do teu corpo mora em mim.

Por tua culpa, o meu inverno não tem fim

lisieux
Enviado por lisieux em 25/03/2005
Reeditado em 25/03/2005
Código do texto: T7927