Calamidade dentro do coração

Hoje, milagres e prodígios ocorreram-me acidentalmente,

Passei por diversas disparidades dos quais vi a sinceridade,

Restava nele um pouco de humanidade latente,

Não queria entrar em colóquios verbais, sem a verdade.

Queria visitar os ventrículos das cavidades da vermelhidão,

Deixavam o coração tomar conta de cada desafio,

As minhas aptidões me levavam ao extremo do alto da colisão,

Sangue para todo o lado, a vida passada ao fio.

Dentes se entrecortando o pulmão único fumegavam,

A dor era latente e nada se me ia e até afugentavam,

Ouvia as últimas pulsações em meu peito brasileiro,

Morria de dores, escrevi tudo num pequeno livreiro.

Somente sabia que ainda tinha muita coisa a lhe mostrar,

Vida delirante e afetiva o problema ia aumentar,

Calamidade dentro do coração viu a face do querido ancião,

Anos, idade avançada não parava para descansar.

De repente o coração veio pela boca então entortou,

Todos os males que vinham pela mente abriram a boca,

O homem já velho não mais lutou agora cansou,

Era como o coelho que fora devorado ao sair da toca.

Todo o mal que afligia a mente dele delineou,

Pelo fato dele mesmo achar ter sido a hora perfeita,

Porém, nada disso, além, ademais, ele expirou,

Seus órgãos doados para uma alma feita.