O REBATO DA RIBANCEIRA
No prelúdio do entardecer
Águas desembocam no rio
Molha o rebato da ribanceira
No limiar do quente anoitecer.
A corrente brilha vertiginosa
Transita por entre os rochedos
Transborda ondas enfurecidas
Tempestuosas águas do flume.
Travessias das chuvas de março
Do outro lado da beirada do rio
Das idas e vindas do canoeiro
Sob a velha ponte vagueia.
Enchentes da noite invernosa
Intenso vendaval amedronta
Assobia a fluência das águas
Na madrugada de lua cheia.