Minutos entrelaçados
No entrelaçar dos minutos, o tempo flui,
Um rio incessante, sem fim nem trégua,
Deixa suas marcas, nas almas que constrói,
Na efemeridade das horas, na vida que segue.
No despertar do alvorecer, o sol se ergue,
Iluminando com seus raios dourados,
E a cada momento a paisagem se refaz,
Como um quadro em constante processo de criação.
Passam-se dias e noites, braços do relógio a girar,
Cada instante guardado no tecido da existência,
Enquanto o destino costura os fios do destino,
E a história se escreve com cada passo dado.
As estações se alternam, num balé cíclico,
Primavera, verão, outono, inverno a chegar,
Árvores que despojam-se de suas folhas,
Para renascerem com vigor em breve tempo.
Os cabelos tingem-se de prata,
rugas se tecem na pele,
A juventude se despede, mas a sabedoria floresce,
E a experiência, como um lenço acolhedor,
Envolve a alma envelhecida, num abraço sincero.
A engrenagem do tempo não se detém,
E mesmo que se queira segurá-la, é vão,
O passado vira lembrança, o futuro, incógnita,
E o presente escorre pelos dedos,
como areia na mão.
Mas nesse fluxo inexorável, encontra-se beleza,
Na transição das estações, dos anos que se vão,
Façamos bom uso desse tempo fugaz,
Vivendo cada momento, intensamente, de coração.
Aproveitemos a passagem do tempo como ensejo,
Para aprender, amar, criar e sermos mais,
Pois a vida é uma constante
jornada em transformação,
E em cada ciclo,
uma nova chance para brilhar.
Assim, abracemos a efemeridade do tempo,
Diante das incertezas que ele nos traz,
Com gratidão e esperança,
enfrentando a transição,
De forma serena,
porque apenas Deus,
nos faz capaz de perpassar
Por cada momento presente.