De Noite

Para lá do ponto sem retorno,

no último espasmo de silencio,

- quem podemos encontrar?!

Enleado em teias e lamentos

há solidão de afectos

que trepa sentimentos

como hera em pedra fria!

E há rosas entre silvas,

há perfumes pelo ar!

A luz do dia, a luz da vida

esbate o corpo, banha o mar!

Cai a tarde, vem a morte

chega a noite e tudo mói

fecha-se-me a Alma ...

... eis quando a solidão mais dói!