De poema em poema

Fui de poema em poema

à procura da razão

que me fazia ter por tema

a dor, a morte e a solidão.

Mas os versos não sabiam

o porquê dessa loucura,

só falavam, só diziam,

sempre cheios de amargura.

Digo aos gritos sem pudor

que meus versos são um pranto!

Mas o porquê de tanta dor,

tanta morte no seu canto?!

Talvez devesse procurar

a razão dessa agonia,

não nos versos, a chorar,

mas em mim, no dia a dia...